domingo, 7 de fevereiro de 2016

Trecho da palestra "A virtude não nasce da eliminação do vício, dos defeitos e dos problemas, mas sim de sua profunda compreensão-sublimação":

O que é realmente um vício, um defeito psicológico, um problema? Que criaturas são estas?

Vamos dar um exemplo:

Quando seu filho o incomoda o que você faz? Por acaso o elimina? O abandona? Ou fica indiferente à suas atitudes, ou "lava as mãos" como Pilatos e não se responsabiliza com o que acontece com sua criação, como faz com teus defeitos e problemas, jogando tudo "para debaixo do tapete"?

Ou muito pelo contrário, tenta o mostrar "o outro lado da moeda"? Sobe a montanha do esclarecimento e lá coloca a mão em seu ombro como um velho amigo, e mostra a grandeza da vida e o brilho que ela ostenta?
O quanto o mundo e o universo é mais amplo do que aquele seu limitado e efêmero "mundinho".

Sublimar é levar o ponto "A" (Mais baixo) ao encontro do ponto "B" (Mais alto), para que aquele possa reconhecer que existe o outro.
Assim não mais vai ser o que era.
O mal é mal por que só conhece o mal.

Quando seu filho erra por acaso você não tenta o mostrar a luz (Compreensão)?

Se você age assim, saiba que você já sabe, ou o  que é melhor, compreende o que é Sublimação.

Por  que o mesmo você não faz consigo mesmo? Com seus vícios, manias, defeitos psicológicos e com seus problemas?

Você ainda acredita que pode ser feliz permanecendo estático, passivo ou indiferente com o erro?

Se você "elimina" uma criação sua, é apenas um afastar momentâneo, pois você terá que encará-lo mais cedo ou mais tarde como um filho renegado.
Na vida tudo retorna a sua primeva origem para cobrar ser resolvidas as lacunas de sua existência.

Um filho pode tanto lhe dar alegria na vida quanto desgosto e as duas depende de como você tratou a questão educacional e ética desse filho, que não é você mas é parte de você.

Portanto, não pode ser deixado de lado ou mau resolvido.
O filho bem educado, disciplinado com limites baseados no bem viver, quando volta para casa não é mais um risco. Pode estar perto de seu progenitor sem influenciá-lo.
Assim é com as criações ou "Mayas" do homem como: Os desejos; Os vícios; As manias; Os defeitos psicológicos; Os problemas da vida.

"Na natureza nada se perde. Tudo se transforma".

Não apenas os vícios, mas também os problemas, o sofrimento, e todas as dores do mundo são filhas e filhos do ser humano. Demos então a mesma atenção paternal que demos a nossos descendentes.

Vou vos relatar como eu pude sublimar uma mania, ou vício antigo como o tabagismo, simplesmente com uma compreensão profunda e um aberto (E lúcido) diálogo interno, comigo mesmo, ou com minhas próprias criações mentais:

O hábito de fumar em muito me atrapalhava em seu auge, tanto no trabalho, em meu desempenho físico e em minha saúde.

Certo dia comecei a notar como um rígido auto-crítico os movimentos do ir e vir da mão que levava o cigarro até minha boca. Notei que não era eu quem fumava. Algo me controlava. Como se eu estivesse no "automático". Sem a razão.
Daí sem nenhuma influência externa, algo me falou internamente "para parar".
Essa voz era a  própria consciência espiritual, que todos temos.
Mas, sabia que apenas se afastando do cigarro não bastaria. Simplesmente eliminar (Ou afastar) da minha vida tão infame vício, não era uma solução muito eficaz, ou uma solução total.

Então a pesar de não mais fumar, não me isolei socialmente daqueles que fumam. Muito pelo contrário: Vi nos fumantes de meu vínculo social uma oportunidade ímpar de testar a minha vontade.
Seja no trabalho ou em casa.

Resistia, a pesar do vício ainda continuar latente, lá no fundo do meu ego ou personalidade, cobrando: "Hei! Quando você irá acender um novo cigarro? Preciso de você para alimentar minha ânsia existencial". "Só existo para o vício criado por você que sou eu mesmo".
Aquele elemental artificial a pesar de criado pela minha própria vontade não era eu, portanto tinha que ser resolvido.

Não chamamos um filho de "eu filho", mas sim de "meu filho". Lembrando que tudo o que se tem passará. Tudo o que se é permanecerá.

O pior defeito é ter um defeito e não admitir que o tem.

Então, passei não lutar com o vício mas sim a dialogar com ele, e depois a dar comando e direcionamento.

Comecei a criar uma interjeição com esta criatura que chamamos aqui por "vício". Uma familiaridade mais próxima, mas diferente daquela proximidade por submissão carente de compreensão.

Somente aqui nesta dimensão um vício é um vicio, um defeito ou um problema. Mas, na próxima escala dimensional ou quarta dimensão, estas tendências são criaturas com cor, forma e tamanho dependendo do quanto são alimentados.

O vício ou hábito é simplesmente a repercussão ou reflexo destes seres tetra-dimensionais criados por nós.

Toda sensação aqui gera uma emanação que dá uma forma holográfica ao vício e ao mesmo tempo alimenta esta formas-pensamento-desejo, que geralmente é vista anexa ao corpo astral de uma pessoa, na região relacionada ao problema.

Em meu caso, vi se exteriorizar de minhas costas (Relacionado aos pulmões que estão relacionados com o tabagismo).

Em outros casos, vemos esses engendros plasmados sobre a cabeça (No caso de estres; depressão; Ansiedade e nervosismo; Preocupações; Ira, etc), ou na região genital se for problemas em caráter passional ou sexual. Mas, sempre se alimentando da vitalidade de quem a criou.

Como acontece no fenômeno da fotossíntese das plantas quando o gás carbônico que exalamos como subproduto do resultado do processo da respiração mantem vivo todo um conglomerado de vida vegetal.

Então comecei a questionar sem o apregoar, esta criatura psíquica, vício ou hábito internamente, como se eu estivesse o visualizando em 3D.
Como se fosse alguém através de mim refletido no espelho da minha  mente.

Assim o falava mentalmente:

Por que o mantenho ai dentro de mim desta forma maltrapilha e doentia como está?
Á partir de hoje você e eu passaremos juntos a respirar ar puro. 
Este vai ser nosso novo vício, só que agora um vício saudável.

Então, passei de ouvinte para interlocutor, e estou agora no comando e digo o que será!

Só assim o plano onde o problema ou vício está moldará o que você quer.

Pela mesma porta que o vício e o problema entram na sua vida é a mesma por onde se sai: Pela vontade.
Como o veneno da cobra sanando a  ferida causada pela própria cobra.

Assim ao dialogar mentalmente com esta forma elementarizada e ilusória do próprio vício, um "Devata ou "Demônio Psíquico", ele conheceu uma nova forma de vida e se clarificou em minha própria luz humana-espiritual, estando agora convertido em luz.

Eu e este ex-defeito somos agora um e estamos em paz um com o outro: Um não cobra mais seu tributo (Desejo ou vício) e o outro não sofre mais as consequências deste.

Isto é limpar seu "Lúcifer interno" sem sujar as mãos (Ou adoecer; se medicar;se internar).
Essa metodologia pode ser aplicado em quaisquer tribulações da vida.

Não fuja de seus problemas. Encare-os e se resolva junto com eles.
Seja realmente livre. Viva em paz e seja realmente feliz.


Nenhum comentário:

Postar um comentário